9.12.2008

Pó, poeira, ventania

Mas nem se hesitou. "Já vou e você?" ... eu nem sabia pra onde deveria ir. "Quero paz" ... eu também queria, mas era ela, só ela. Pensei em dar flores, mas foi tarde demais. Ouvi o som do barulho da porta quando se foi, por tanto tempo. Quis ir também, mas foi tarde demais. Como se os pés pesassem, e se não pesam, tanto, tanto quis ir. Mesmo sem rumo. As flores, lilás, lisa-flor, era ela, pele macia, olhos grandes e escuros, tão belos, tão floridos. Uma sensação intensa nostálgica me fez cair no sono, bem em cima da mesa, pensei ser sonho. Na mesa, ela, pernas abertas e tão pura. Em seu ventre, nela: me cheira, me arranha, me morde, me lambe!