9.12.2008

Pó, poeira, ventania

Mas nem se hesitou. "Já vou e você?" ... eu nem sabia pra onde deveria ir. "Quero paz" ... eu também queria, mas era ela, só ela. Pensei em dar flores, mas foi tarde demais. Ouvi o som do barulho da porta quando se foi, por tanto tempo. Quis ir também, mas foi tarde demais. Como se os pés pesassem, e se não pesam, tanto, tanto quis ir. Mesmo sem rumo. As flores, lilás, lisa-flor, era ela, pele macia, olhos grandes e escuros, tão belos, tão floridos. Uma sensação intensa nostálgica me fez cair no sono, bem em cima da mesa, pensei ser sonho. Na mesa, ela, pernas abertas e tão pura. Em seu ventre, nela: me cheira, me arranha, me morde, me lambe!

7.17.2008

Sobre legumes, dignidade e dentes

Dia de reações fortes a um novo estilo de vida: zero calorias, dois dentes a menos, "Crime e Castigo" em mãos. Finalmente tempo pra mim.

6.18.2008

Ando, não sei mais para aonde.
Sonho, sei lá com o quê.
Imagino um mundo melhor, mas sem certezas, sem as nossas vaidades...

Sopro se soma? Já não sei mais.

Sei que fome, miséria, são palpáveis...
Sei que em minha terra tristeza tem, quando, um nome.
Endereço é luxo, lona é sobrevivência, dignidade é esperança.

4.22.2008

A Queda

Esgasguei com meus próprios passos, lentos, atrapalhados. Perdi corpo e voz. Estive imerte aos sentimentos mais vagabundos e rasteiros - aqueles que te puxam pra debaixo da coberta por dias. E por dias contive reações, apenas caí doendo, calando. Não precisei chorar, não quis gritar. E tudo o que era capaz de mim era nada. Viciei em uma rotininha mesquinha: pesadelos e cigarros. Desencantos presos à vaidade, orgulho, olhares que não dizem nada, senão, mentiras...tão sinceras. Transmutam! E mudam. Enobrece apenas o que se diz vazio. Cospi fogo e foda. Espirrei mágoas..cortantes. Cada pedacinho de mim sobre todo fogaréu do que dizem ser o inferno: ainda não sei fazê-lo. Ainda não sou suficiente humada, e tropeço, esgasgo, me corto e me enojo. São dores, que nem sempre fortalecem.

3.20.2008

Mutações

Um dia a barata cria asas e voa pelos jardins mais belos do mundo.

Sofrer implica em transformações.
Talvez eu esteja preparada para voar, e se eu cair, será apenas mais uma parte do processo.

3.19.2008

Strange stare

Close my eyes
Feel me nowI don't know, maybe you could not hurt me now
Here alone, when I feel down too
Over there, when I await true love for you
You can hide, oh now, the way I do
You can see, oh now, oh the way I do

Quando as palavras escapam. Quando sempre.

3.10.2008

Aquele friozinho na barriga....ah, quase me esqueço!

Ainda consigo ser feliz...sempre!

Uma rodada de suco de groselha por que está tarde e já até me sinto mais....responsável!

2.28.2008

Riscos de luzes pelo céu - até pareciam estrelas, daquelas cadêntes. Lastimei o dedo apontado, dizem que dá verrugas. Mesmo assim fiz promessa e eu não a conto para ninguém...

Ah, os sonhos...
E eu guardo todos os meus, em caixas.

1.31.2008

Insegurança toma força dos pés a garganta, e dói tanto. Nessas horas eu gostaria mesmo de ser grande, sei lá, um metro e oitanta, madeixas loiras e peitos enormes. Talvez fosse mais fácil. Tempos difíceis para me sentir assim - mas como eu não poderia? Eu não poderia se...daí a frase se torna tão grande quanto os meu problemas, as vaidades, e o meu umbigo... Gostaria de te ter nas mãos...fácil, fácil....

1.16.2008

Enquanto o sono se ausenta, e eu finjo esperar pelo outono, como se estivesse logo ali, entre alguns meses.
Just time....