4.22.2008

A Queda

Esgasguei com meus próprios passos, lentos, atrapalhados. Perdi corpo e voz. Estive imerte aos sentimentos mais vagabundos e rasteiros - aqueles que te puxam pra debaixo da coberta por dias. E por dias contive reações, apenas caí doendo, calando. Não precisei chorar, não quis gritar. E tudo o que era capaz de mim era nada. Viciei em uma rotininha mesquinha: pesadelos e cigarros. Desencantos presos à vaidade, orgulho, olhares que não dizem nada, senão, mentiras...tão sinceras. Transmutam! E mudam. Enobrece apenas o que se diz vazio. Cospi fogo e foda. Espirrei mágoas..cortantes. Cada pedacinho de mim sobre todo fogaréu do que dizem ser o inferno: ainda não sei fazê-lo. Ainda não sou suficiente humada, e tropeço, esgasgo, me corto e me enojo. São dores, que nem sempre fortalecem.